Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o apetite corporativo por Bitcoin, os números deste ano eliminam qualquer incerteza. O ano de 2025 já está marcando um novo ritmo na corrida institucional por criptomoedas, com empresas apostando pesado na maior cripto do mercado. Algumas movimentações chamaram atenção e podem indicar o que está por vir no universo financeiro tradicional.
River lidera a nova onda corporativa
A empresa de serviços financeiros River surpreendeu o mercado ao se posicionar como a maior compradora institucional de Bitcoin do primeiro trimestre de 2025. Foram adquiridos nada menos que 8.000 BTC entre janeiro e março. Essa compra coloca a River à frente de gigantes do setor, superando até mesmo empresas historicamente ativas no universo cripto.
O CEO da companhia destacou que a estratégia está alinhada com a visão de longo prazo da empresa, que enxerga o Bitcoin como reserva de valor e peça central da transformação financeira digital.
MicroStrategy segue firme no topo
Embora a River tenha sido destaque nas compras do trimestre, a MicroStrategy continua sendo a líder absoluta em posse de Bitcoin entre empresas públicas. Comandada por Michael Saylor, a companhia acumula mais de 214.000 BTC, consolidando uma estratégia agressiva de aquisição que se mantém desde 2020.
O impressionante é que, mesmo com a valorização do ativo, a empresa continua comprando — e influenciando outras a fazer o mesmo.
Marathon e Tesla: posturas diferentes, interesses em comum
Outra presença relevante é a Marathon Digital, gigante da mineração, que vem acumulando BTC com o próprio resultado de suas operações. A empresa já detém mais de 17.000 BTC, reforçando o papel das mineradoras como acumuladoras estratégicas do ativo.
Já a Tesla, embora não tenha aumentado significativamente sua posição desde a compra de 2021, continua mantendo seus BTC em caixa, mostrando uma visão de longo prazo e confiança na valorização do ativo.
A institucionalização do Bitcoin está mais forte do que nunca
O que chama atenção neste movimento é a mudança de perfil dos compradores. De entusiastas e fundos de hedge, agora vemos empresas de infraestrutura financeira, mineradoras e até companhias de tecnologia reforçando posição no criptoativo.
A explicação é simples: com a entrada de ETFs de Bitcoin nos EUA, maior clareza regulatória em alguns países e o halving recente, o cenário ficou mais convidativo para estratégias institucionais — e os grandes players estão aproveitando.
O que isso indica para o mercado?
As movimentações corporativas sinalizam uma maturação clara do mercado de criptomoedas. Empresas estão não apenas comprando Bitcoin, mas incorporando o ativo como parte de suas estratégias de proteção patrimonial e de diversificação. Isso pode indicar um novo ciclo de valorização sustentado, com menos volatilidade e mais confiança institucional.
Para o investidor comum, o recado é direto: os gigantes estão comprando — e não é à toa.