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Bitcoin está acabando? Entenda como a escassez do BTC impacta o preço

Bitcoin está acabando? O papel da escassez no mercado cripto

A frase-chave “Bitcoin está acabando” resume a dúvida de muitos investidores e curiosos em 2025. O preço do bitcoin subiu mais de 179 milhões por cento desde sua criação¹. Porém, além de fatores macroeconômicos e institucionais, a escassez é um dos principais motores dessa valorização.

Desde o fim de 2008, quando Satoshi Nakamoto lançou a criptomoeda, apenas 21 milhões de bitcoins poderão ser minerados. Atualmente, quase 19,9 milhões de BTC já circulam. Dessa forma, restam pouco mais de 1 milhão de moedas disponíveis e o ritmo de emissão só vai desacelerar daqui pra frente.


Halving: a máquina por trás da escassez do bitcoin

O segredo da escassez está no halving, um evento programado que reduz pela metade a emissão de novos bitcoins a cada quatro anos. Por exemplo, entre 2009 e 2012, mineradores produziam cerca de 7.200 bitcoins ao dia. Após o halving de 2024, esse número caiu para apenas 450 por dia. Para os próximos anos, o ritmo ficará cada vez mais lento, tornando o BTC um ativo ainda mais escasso e deflacionário, ao contrário do dinheiro tradicional.


Oferta limitada x demanda institucional: o preço sobe

A teoria econômica básica revela: quando a oferta é limitada e a demanda cresce, o preço sobe. De fato, a procura por bitcoin aumentou bastante, principalmente entre investidores institucionais. Segundo a K33 Research, só nos ETFs dos EUA, grandes players elevaram a exposição em quase 65 mil BTC no segundo trimestre de 2025, alcançando US$ 33,6 bilhões em participações.

Por outro lado, esse movimento também deixa o BTC mais volátil. Quando fundos e empresas acumulam grandes quantidades, diminui a quantidade de moedas disponíveis para negociação. Isso pode causar picos de preço e quedas bruscas, dependendo das decisões desses participantes.


Bitcoin está acabando? Entenda como isso afeta o usuário comum

Apesar do crescimento institucional, a distribuição de bitcoin ainda é relativamente pulverizada. Existem quase 50 milhões de carteiras com até US$ 1 em BTC, enquanto apenas 21 mil carteiras concentram valores acima de US$ 10 milhões. Portanto, a maioria dos usuários ainda opera com pequenas quantias.

Para quem investe, lembra o professor Fernando de Barros Junior (Fearp/USP), a escassez só eleva o preço se houver demanda constante. Se ninguém quiser comprar, mesmo um ativo tão limitado pode perder valor.


Bitcoin é usado como moeda ou só para guardar valor?

Satoshi Nakamoto idealizou o bitcoin como um meio de pagamento digital, sem intermediários. Contudo, a escassez fez com que a principal função do BTC, na prática, seja ser reserva de valor. Muitos investidores preferem guardar suas moedas, apostando em valorização futura, o que reduz o uso no dia a dia. Nesse cenário, stablecoins como USDT acabam tendo papel mais importante nas transações cotidianas, justamente por sua estabilidade.

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