O Mercado Livre, gigante do comércio eletrônico na América Latina, expandiu significativamente sua exposição ao Bitcoin no primeiro trimestre de 2025. A empresa adquiriu 157,7 BTC, elevando seu total para 570,4 BTC, conforme divulgado em seu balanço patrimonial registrado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
A compra recente foi realizada a um preço médio de US$ 82.381 por unidade, totalizando um investimento de aproximadamente US$ 13 milhões. Com essa movimentação, o Mercado Livre ocupa agora a 33ª posição no ranking de empresas públicas que mantêm Bitcoin em caixa.
Além do Bitcoin, a empresa também possui 3.050 Ether (ETH) em seu tesouro, adquiridos em 2021.
Uma Jornada Estratégica no Mundo Cripto
Desde 2021, o Mercado Livre tem demonstrado interesse crescente no universo das criptomoedas. Naquele ano, a empresa investiu US$ 7,8 milhões em Bitcoin e lançou o serviço de compra e venda de criptomoedas no Brasil por meio do aplicativo Mercado Pago.
Em 2022, a companhia adquiriu uma participação no grupo 2TM, controlador da exchange Mercado Bitcoin, e lançou sua própria criptomoeda, a Meli Coin.
Em setembro de 2023, o Mercado Livre informou à SEC que custodiava US$ 21 milhões em criptomoedas pertencentes a clientes do Mercado Pago na América Latina.
Visão de Longo Prazo
Marcos Galperin, fundador e CEO do Mercado Livre, é um entusiasta declarado do Bitcoin. Investidor da criptomoeda desde 2013, Galperin acredita que o Bitcoin oferece garantias de liberdade financeira e individual para os cidadãos, além de ser um antídoto contra o endividamento crescente dos governos e a expansão monetária dos bancos centrais.
Com movimentos estratégicos e uma visão clara sobre o futuro das finanças, o Mercado Livre continua a se posicionar como um dos principais players na adoção corporativa de criptomoedas na América Latina.